segunda-feira, 18 de maio de 2009

Entrevista... falar da própria...


Falar de arte é sempre complexo...
é sempre um universo transpassado por sentidos adquiridos na vivência da arte... de sentir... de conhecer... de visitações as exposições... de relação com os trabalhos de outros artistas... de deixar-se afetar pela poética do outro/artista...

Falar da arte que se faz... é ainda mais complexo...
são tantos aspectos ainda ocultos na experiência do processo... das relações com o trabalho... do que ainda não se fez distancia suficiente para refletir significados... aspectos estéticos... pontes...

Tentei traduzir um cadinho de intenções... de impressões do processo que vi na construção/criação de "Cartografias" durante as entrevistas que sofri na TV...

O trablho que apresetno em Cartografias... é bastante provocativo no lugar/Itajaí onde esta exposto... os visitantes me interpelam procurando desejando as figuras que a palavra desenho sugere... desenho é para eles figura/figurativo... e assim caminha a humanidade atrás do conhecido... do não esforço de entrar em relação com o objeto artístico...

Desenho segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, Desenho é:
1 - Representação de formas sobre uma superfície, por meio de linhas, pontos e manchas.
2 – A arte e a técnica de representar, com lápis, pincel, etc, um tema real ou imaginário, expressando a forma.
3 – Traçado, projeto.

Volta as premissas primordiais do trabalho de algumas das Cartografias... as palavras e como delas pouco se aproveita a humanidade para apreender o mundo... as experiências... e o quanto o que foi criado para dizer... para comunicar... perde para muitos esta função...

No entanto o desenho-escrita-traço... das Cartografias que apresento presentifica através das linhas, dos pontos e das manhas o desenho contemporãneo....
e todo aquele que buscar atravessa-las sem desejar olhar e ver o que são de fato... terão um problema... estabelecerão um conflito entre si e o desenho...

Atravessar a obra é penetrar-lhes para além do que se espera e ir além de qualquer sentido que a mente morta do passado tenta impor ao presente vivo...

e eu sigo a desenhar das letras e a junta-las por gosto próprio que tenho por seus sons e toda a coreografia de gestos que elas me proporcionam...

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